http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI299017-17770,00-CIENTISTA+DA+NASA+EXPLICA+POR+QUE+O+MUNDO+NAO+VAI+ACABAR+EM.html
O fenômeno 2012 compreende um conjunto de crenças escatológicas segundo as quais eventos cataclísmicos ou transformadores aconteceriam no dia 21 de Dezembro de 2012. Esta data é considerada como o último dia de um ciclo 5.125 anos do calendário de contagem longa mesoamericano. Vários alinhamentos astronómicos e fórmulas matemáticas têm sido colocadas como pertencentes a essa data, apesar de nenhuma delas ser aceita pela comunidade científica.
A interpretação de que essa data marca o início da Nova Era diz que a Terra e seus habitantes podem sofrer uma transformação espiritual ou física positiva, e que 2012 seria o começo de um novo tempo. Outros sugerem que 2012 marca o fim do mundo ou uma catástrofe similar.Cenários sugeridos para o fim do mundo incluem a chegada do próximo máximo solar ou a colisão da Terra com um objecto como um buraco negro, um asteróide próximo ou um planeta chamado "Nibiru" Estudiosos de várias áreas têm rejeitado a ideia de eventos cataclísmicos em 2012. Profissionais especializados na cultura maia dizem que as previsões de morte iminente não são encontradas em nenhum dos clássicos dessa civilização e a ideia de que o calendário de contagem longa "termina" em 2012 deturpa a cultura e história maia. Astrónomos e outros cientistas rejeitaram as teorias como sendo pseudociência, afirmando que elas são conflitantes com simples observações astronómicas, e que "existem preocupações mais importantes para a ciência, tais como o aquecimento global e a perda de diversidade biológica". A NASA tem comparado os medos em relação ao ano de 2012 com o fenómeno "Bug do milênio" no final da década de 1990, sugerindo que uma adequada análise dos fatos pode impedir temores de um desastre.
Cientista da Nasa explica por que o mundo não vai acabar em 2012
A Nasa divulgou um vídeo de resposta às várias teorias que se popularizaram sobre o fim do mundo em dezembro de 2012. Nele, o cientista do Laboratório de Propulsão de Jatos Don Yeomans discorre sobre cada uma das hipóteses mais conhecidas e explica por que elas não se concretizarão.
Primeiro, Yeomans explica que toda essa comoção em volta do dia 21 de Dezembro de 2012 começou com o calendário Maia, que terminaria neste dia. Mas, segundo o cientista, o que está indicado no calendário é o fim de um ciclo e o início de outro, não o apocalipse. Ele o compara com a forma em que nós contamos os anos – todos os dias 31 de Dezembro um ciclo termina, para outro começar no dia 1 de Janeiro.
Depois o especialista da Nasa fala sobre Nibiru, um planeta que seria quatro vezes maior do que a Terra, também conhecido como “Planeta X”. Segundo outra teoria do apocalipse, esse astro estaria em uma rota de colisão com a Terra. Para Yeomans, é impossível que ninguém tenha detectado Nibiru se aproximando, se isso realmente estiver acontecendo.
“Tem gente que acredita que a Nasa está escondendo essas informações. Mas existem milhares de astrónomos fora da organização que olham para os céus todas as noites. Com certeza, eles teriam notado essa movimentação”, argumenta o cientista.
Outra hipótese é a de uma grande tempestade solar que aconteceria no dia 21 de Dezembro seria a razão do fim do mundo. Este tipo de evento, como já explicamos em outro artigo, realmente está se tornando mais frequente – isso porque o Sol passa por ciclos e seu período de maior actividade está previsto para o fim deste ano e o começo de 2013.
O argumento de Yeomans é que, na verdade, a máxima solar irá acontecer apenas em maio do ano que vem e que, mesmo assim, a actividade não deverá ser tão intensa. Basicamente, não há evidências de que tempestades solares, como as que aconteceram durante o início de março, possam ocorrer novamente.
Para quem acredita que o apocalipse será causado pelo alinhamento dos planetas, que geraria uma mudança catastrófica nas marés, a resposta do cientista da Nasa é directa: não há nenhum alinhamento previsto para o fim de 2012. Mesmo que houvesse uma movimentação do género outros planetas não poderiam afectar as marés. Os únicos corpos celestes capazes de fazer isso são a Lua, como aprendemos nas aulas de geografia, e o Sol.
Também existe o boato de que, de alguma forma, os pólos magnéticos da Terra irão se inverter. Isso simplesmente não pode ocorrer por causa da Lua – nosso satélite estabiliza a rotação do planeta e não permite que a rotação dele mude de uma hora para a outra. Os pólos podem, sim, mudar, mas fazem isso aos poucos, demorando milhares de anos até que eles se invertam.
Yeomans conclui seu vídeo lembrando-se das inúmeras previsões para o fim do mundo que já foram feitas, causaram pânico e não se cumpriram. “Ainda estamos aqui”, declara.
Fontes: www.wikipedia.com, dia 21.12.2012 às 8:00
http://revistagalileu.globo.com, dia 21.12.2012, às 11:00.
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