Honestamente falando, a população só vai a este Centro de Saúde por não ter outra alternativa.
Se o Hospital de Monapo-Rio e o de Carapira estivessem no mesmo recinto deste centro, ninguém far-se-ia presente nele.
A população queixa-se vária vezes e o fenómeno mantém-se.
Se vais com malária a este Centro de Saúde nunca tens os tais "gratuitos" comprimidos sem que aproximes pessoalmente a um agente e pagues 100 Mts. Se não tiveres o tal "refresco" ficas sem medicação.
Há cerca de 2 meses tive a minha filha, a minha sobrinha e o meu cunhado com problemas de malária e de imediato levei-os a este centro de saúde. A única coisa que de lá recebi para as crianças foi apenas paracetamol (já que este não sai de graça, paguei os 5 meticais por cada criança). Mas o mais triste foi que, depois de tanto consumir as tais drogas "receitadas" a minha família continuava muito mais doente do que antes. Resolvi voltar ao mesmo Centro de Saúde com uma das crianças, por sinal a minha sobrinha, já que a minha filha
havia recebido tratamento especial no meu local de trabalho. Foi então que gastei toda a manhã do sábado a espera da minha vez de ser solicitado para ir a dianteira e ser analisada a criança.
Só quando a minha sobrinha começou a vomitar fortemente e toda fraquinha, foi que apareceu o enfermeiro em serviço e pediu que eu entrasse para o diagnostico. Minutos depois ele disse na minha cara: "Está aqui a receita da criança, o senhor vai até a Farmácia Privada comprar os medicamentos!" Foi daí que me pus pensativo: será que de todos os Centros de Saúde deste País, só este é que não tem sido contemplado na distribuição dos fármacos para a malária?
Dos vários casos que se têm verificados nesta unidade sanitária, a população só espera que Deus lhes ajude a superar, porque "os olhos que deveriam olhar, nada vêm!"
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