Cahora Bassa é Nossa, mas a Electricidade é "Deles"

Orgulhosamente celebramos os 5 anos da reversão da famosa hidroeléctrica de Cahora Bassa.
Quanto ao assunto, já houve milhares de comentários daqui e dali  internamente assim como do lado de Portugal.
A coisa mais chata agora, parece que os moçambicanos vestem-se da camisola alheia.
Afirmamos ter revertido o tal "Monstro" erguido pelos portugueses, passamos pelas bocas e jornais do mundo inteiro (se bem me lembro, numa das entrevistas, João Jardim, em 2007 afirmava que Portugal perdeu algo tão importante em favor dos "cleptocratas africanos").
Hoje, seriamente, depois de eu ter assumido aquele nome de proferido pelo edil da Madeira, vejo um cenário diferente na E.D.M.
O Contracto de energia para o consumo doméstico subiu para, quase o dobro do ordenado mínimo nacional moçambicano: 3.500,00 Meticais.
Nesta ordem de ideias, pergunto eu: Estaremos a Lutar para a erradicação da pobreza ou para a ampliação dela?
Se um moçambicano auferindo o salário mínimo nacional, vivendo na Cidade de Nampula vê-se obrigado abdicar-se de certos produtos de primeira necessidade em sua lista de compras mensais, devido ao elevado nível de vida, quantos anos esse indivíduo vai ter que poupar para ter energia eléctrica da rede nacional em sua vivenda?
E, enquanto esse indivíduo estiver poupando para a o tal dia da E.D.M., como ficam as vilas e os municípios: iluminadas de velas ou candeeiros à Diesel?

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